Não posso negar, se tem algo que aprendi desde pequena e sempre levarei comigo é que, tanto quanto eu amo meu time, eu tenho uma aversão ao Internacional. Acredito que não sou a única entre os Gremistas exaltados.
Não torço para o Inter. Nunca vou aplaudir uma "façanha" colorada. Na minha opinião, não existe nada realmente incrível realizado por esse clube. É lenda ou falta de vergonha quando algum Gremista diz: "Ah, eu torci para o Inter porque é aqui do Rio Grande do Sul". Duvido desse tipo de Gremista. É lógica: Sou Gremista, logo sou anti Inter.
Depois de sofrer assistindo tantos Gre-nais, posso dizer que neste 1º de maio de 2011 eu não acreditei no Grêmio. A única coisa que eu esperava era uma derrota sem goleada. No estado atual do tricolor, até o Marcelo entra no estádio rezando para que a bola não passe perto dele.
Às 16 hs, olhei aquele estádio todo vermelho. Senti um frio na espinha. Uma espécie de medo do desconhecido, ou antes ainda, um aversão ao ver meu time pisando na "casa" do maior rival. Noventa minutos naquele lugar. A escuridão do futuro iniciou quanto o árbitro apitou o início da partida.
Vi um Grêmio defensivo e apagado. Ouvi uma gritaria colorada - gritos sem paixão - . Senti uma vontade de estar naquela torcida gremista e poder abafar aquela música enfadonha. E...Gol...gol do favorito. Gol do Inter. Do campeão do mundo Fifa- depois de 2006 o mundo casou e levou o sobrenome da esposa - campeão de tudo.
Mas, eu sabia. Não poderíamos vencer de um time que, individualmente, é superior ao Grêmio. Agora era esperar o resto dos gols. Goleada. Fim do primeiro tempo. Um gol do Favorito. Nada do Imortal.
Início do segundo tempo. Quarenta e cinco minutos. Espera...nça...de não sofrer mais um gol. Que Marcelo fosse inspirado pelo Victor, que a bola não passasse perto do goleiro tricolor. Que todos os males estivessem longe de meu time. Amém.
Vi um time mais solto, mais parecido com Renato. Com jeito de quem não está nem aí para Fifa ou campeão de tudo. Nesse meio tempo, Guiñazu foi expulso. Renato fez modificações e a avalanche tricolor toma conta da casa adversária.
Aos 43 minutos o grito da maior torcida do estado abafa o zumzum dos favoritos. Viçosa faz a rede balançar. Diga-se de passagem: a bola passou no meio das pernas do goleiro Renan.
Final de jogo. Decisão nos penaltis. Inter ganhou. Grêmio errou demais. Tudo bem. Isso faz parte do mata a mata. Quem entende de futebol sabe o que isso quer dizer. Não estou dizendo que penalti é loteria. Mas, deixar a decisão ir para os penaltis não é nada grandioso quando falamos no "Inter campeão do mundo casado com a Dona Fifa".
Enfim, para quem entende de futebol. Para quem é Gremista porque honra o amor que sente pelo clube, sabe que não estamos passando por uma fase muito boa. Temos um problema chamado "Borges", alguns jogadores lesionados, vários errantes em campo e um capitão chamado Rochemback - um gigante em campo. Um herói gremista.
Então, temos mais dois duelos com o Favorito. Colorados, dois jogos. Dois. 1 +1. Certo? Depois conversamos. Ah, primeiro jogo é na nossa casa, ok? Por quê? Nossa campanha no primeiro turno foi melhor.
Mas aproveitem a festa, não façam como o senhor Siegmann que, mesmo sendo vice do Favorito, armou um barraco e acusou o juiz de gremista.
E essa é Pseudo-Gremistas: parem de falar besteira. Ser Gremista não é exibicionismo. Olhem para o nosso time. Leiam os comentários, filtrem as informações, assistam aos jogos. Mas, por favor, parem com o pseudo-gremismo.
Futebol é assim. Você precisa gostar, entender e assistir.
E para finalizar, hoje o Borges berrou um: eu não sou daqui. Aquele chute foi para acabar com a reputação dele mesmo.